quarta-feira, julho 23, 2014

Abra a Caixinha



Estou fazendo um curso chamado Escola de Ministros. Tenho sido inspirada por grandes homens de Deus que têm me orientado em muitas áreas da minha vida, me ajudado a ajustar o foco. Recomendaria o curso para todos que querem crescer em sua jornada rumo ao conhecimento de Deus.

O que hoje escrevo está em mim há alguns meses. Na verdade, é fruto da primeira aula que tive com um professor chamado Manoel Dias, de Campina Grande. É uma pérola que extraí da sua primeira aula, que guardei com cuidado e vez por outra abro a caixinha - na verdade, não sou eu, mas o Espírito Santo que me traz à lembrança -, pego esse tesouro e observo o quanto ele tem se valorizado nas minhas mãos. Bens são assim: ou estão ganhando ou perdendo valor em nossa mão.

O texto que me remeteu ao que ensinou o professor foi este aqui: "Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão" (Gl 5.1). Já fomos libertos. Já sabemos que fomos libertos, mas só permaneceremos livres se não nos deixarmos escravizar. É isto mesmo: tentarão nos escravizar, mas só terão êxito se deixarmos.

Liguei ao que disse o professor sobre o equilíbrio emocional de Jesus. Ninguém foi capaz de alterar Suas emoções, deixá-lO nervoso ou decepcionado, influenciá-lO para agir desta ou daquela forma. Ele tinha domínio pleno de Si. Circunstância não mudava seus sentimentos, clamor popular não mudava seu foco. Lembro-me de que uma vez Ele Se recolheu para orar de madrugada sem avisar os discípulos. Pela manhã, todo o povo O procurava. Quando os discípulos O encontraram, disseram: "Mestre, a multidão Te procura". Lá estava o sucesso, a fama, a multidão... E Ele respondeu: "Passemos a outra cidade". Ficou lá a multidão à procura dEle, pois Ele sabia que era necessário ir a outro lugar.

Acho que ninguém provou a glória e o fundo do poço como Jesus, mas foi sempre sereno. A multidão o aclamou Rei; Ele saiu de cena escondido - era a hora da glória. Não houve nEle soberba. A multidão clamou para que fosse crucificado; suportou com mansidão e pediu ao Pai que lhes perdoasse. Só pode ser Deus!

Em Filipenses 2, somos advertidos para termos em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus - acho que cabe aqui dizer "os mesmos sentimentos". 

O mundo quer nos escravizar. Somos bombardeados por desesperança, más notícias, cenas ruins, maus agouros, circunstâncias difíceis, problemas de toda sorte. Se pararmos para meditar em tudo isso, somos escravizados. "Permanecei, pois, livres". Essa frase ressoa em mim.

Ontem más notícias chegaram. Questões preocupantes. Quando acordei, elas não queriam me deixar. Logo inundaram meu pensamento. Fui para o meu lugar de oração, abri a minha Bíblia no Salmo 85, me aquietei e ouvi as instruções do Espírito Santo. Basta um minuto em Sua presença, basta uma palavra. 

Ele me lembrou de que o amor vence qualquer batalha; de que em todas as coisas, por meio de Jesus (isto é, obedecendo às Suas ordens), sou mais que vencedora; de que todas coisas cooperam para o meu bem, porque Deus me ama; de que para Deus não há impossíveis; de que devo me alegrar no Senhor, porque a alegria do Senhor me fortalece e, assim, com Ele, posso todas as coisas. 

Como me preocupar? Para que me preocupar? Por que me deixar escravizar? 

A primeira frase da pregação do culto de ontem à noite: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?".

É bom guardar os tesouros da Palavra e poder abrir a caixinha quando nos dizem que estamos pobres. Está lá dentro a pérola da Palavra, polidinha, brilhante como sempre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário