On - Off

Há um texto me desafiando desde que li um livro do Kenneth Hagin semana retrasada. Trata-se de uma oração feita por Paulo, que está registrada lá em Efésios 1.15-19: Eu sempre me lembro de vocês nas minhas orações. E peço ao Deus do nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai glorioso, que dê a vocês o seu Espírito, o Espírito que os tornará sábios e revelará Deus a vocês, para que assim vocês o conheçam como devem conhecer. Peço que Deus abra a mente de vocês para que vejam a luz dele e conheçam a esperança para a qual ele os chamou. E também para que saibam como são maravilhosas as bênçãos que ele prometeu ao seu povo e como é grande o seu poder que age em nós, os que cremos nele. E continua no capítulo 3.14-19: E peço a Deus que, da riqueza da sua glória, ele, por meio do seu Espírito, dê a vocês poder para que sejam espiritualmente fortes. Peço também que, por meio da fé, Cristo viva no coração de vocês. E oro para que vocês tenham raízes e alicerces no amor, para que assim, junto com todo o povo de Deus, vocês possam compreender o amor de Cristo em toda a sua largura, comprimento, altura e profundidade. Sim, embora seja impossível conhecê-lo perfeitamente, peço que vocês venham a conhecê-lo, para que assim Deus encha completamente o ser de vocês com a sua natureza.

De tudo o que tenho visto, uma das constatações que mais me fazem lamentar é que não temos a menor noção de quem somos e do que podemos fazer. Tem sido implantado dentro dos homens um senso de inferioridade, uma autoimagem tão distorcida que os corações estão abertos para acreditar no que não é bom e refutar aquilo serve. Não estou falando de você, mas também de mim. Eu também ainda estou tentando me livrar de muitos pensamentos que não condizem com a Palavra de Deus. Para conseguir isso, precisamos gastar tempo com ela. Nossa mudança de mentalidade é proporcional ao tempo que passamos com a Bíblia. Quando mais lemos, mais absorvemos, mais mudamos.

Veja se você comete o mesmo erro que eu cometia. Você já ouviu alguém dizer assim: “Nossa, como você está linda”! e respondeu: são seus olhos? Quem responde assim, na verdade, está dizendo: não é bem assim como você está falando; você está sendo muito gentil. Por que simplesmente não aceitamos o elogio e agradecemos? E há respostas piores. Já ouviu alguém dizer assim: “Que lindo sapato”! e o outro dizer: “É velhinho, velhinho”. Essa é uma informação depreciativa e totalmente desnecessária.

Na verdade, ainda nos olhamos no espelho e vemos mais os defeitos do que as qualidades. E o que tudo isso tem a ver com o texto anterior? Tudo. A oração de Paulo é surpreendente. Trago de novo um pedacinho: Peço que Deus abra a mente de vocês para que vejam a luz dele e conheçam a esperança para a qual ele os chamou. E também para que saibam como são maravilhosas as bênçãos que ele prometeu ao seu povo e como é grande o seu poder que age em nós, os que cremos nele. São três pedidos maravilhosos: que saibamos qual o nosso propósito (para que Deus nos chamou), que saibamos como somos ricamente abençoados, e nos conscientizemos de quão poderosos somos.

Explico agora o título do post. Tem gente jejuando, implorando, rogando, se humilhando para ter aquilo que já está à disposição. Como assim? Somos reis e sacerdotes, mandamos muito mais do que imaginamos, Deus nos concedeu autoridade, nossas palavras têm um poder criador, assim como as do Senhor quando disse “haja”, só não temos consciência disso.

Vou dar um exemplo que não é meu (novamente é do Prof. Adriano) com minhas inserções, é claro. Havia uma igreja numa região muito quente, onde o povo sofria quando o salão ficava cheio. Eles amavam a multidão, mas o calor era insuportável e havia poucas janelas. Um dia, conseguiram recursos e compraram dois aparelhos de ar-condicionado móveis. O técnico ligou sem mostrar como fazê-lo, mas todos sentiram o maravilhoso ventinho gelado e, como não havia ninguém naquela tarde, desligou e colocou o controle remoto no gabinete pastoral.

No dia do culto, a quantidade de pessoas que compareceu foi ainda maior, afinal, todos souberam da nova aquisição. Qual não foi a surpresa deles quando o aparelho não funcionou. Pegaram o cabinho, conectaram na tomada e nada. Plugavam e desplugavam e nada. Procuraram um botãozinho na máquina, mas não acharam. Como não tinham outro aparelho para testar a tomada, chegaram à triste conclusão: estamos sem energia. Não era nada disso. Depois de estarem quase cozidos, alguém voltou do gabinete com o controle na mão e apertou o botãozinho ON.

Somos assim: detentores de um poder inesgotável e sempre disponível, como a energia da tomada. Usando ou não usando, a energia elétrica está disponível. Usando ou não usando, o Espírito Santo nos deu um poder e uma autoridade disponíveis. Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará as mesmas obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para o Pai (Jo 14.12). E quais foram as obras de Jesus? Ele simplesmente fez o mundo inteiro, tudo o que existe: Todas as coisas foram feitas por intermédio dEle, e sem Ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3).

Somos reis. Temos o governo em nossas mãos, assim como Jesus o tinha: Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso... seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus (I Co 3:21-23). A ordem que Deus deu a Adão – dominai – não foi revogada. Somos seus descendentes, chamados para dominar e não para sermos dominados, chamados para triunfar e não para sofrer; chamados para andar em liberdade e não para nos deixarmos escravizar - e essa palavra é fortíssima. Não são os outros que nos escravizam; somos nós que nos deixamos escravizar. Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos submetais novamente a jugo de escravidão (Gl 5:1).

Somos riquíssimos, abençoados, bem-aventurados. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo (Ef 1:3). As bênçãos são nossas, mas se apropria quem quiser - ou quem souber. Há muito mais à disposição do que podemos imaginar.

E como fazemos para nos apropriarmos de tudo? Conecte-se na tomada. A energia está disponível. Liga o ON.