segunda-feira, julho 11, 2011

Caixinha de joias


Ouvi recentemente uma mensagem do Pr. Márcio Valadão que me fez pensar. Ele disse: "Meus ouvidos não são lata de lixo, por isso não procuro saber dos erros dos outros, dos escândalos, das coisas ruins". Também ouvi o Pr. Mike Murdock dizer que o que você ouve determina o que você sente. É sobre isso que quero falar hoje.

Todos nós temos uma grande necessidade de relacionamentos. Fomos criados para viver em família. Deus disse que não era bom para o homem viver só. Precisamos de amigos, precisamos de pessoas, mas elas podem ser o nosso lenitivo ou a nossa perdição, a nossa alegria ou a nossa angústia.

Tem uma frase famosa que diz que amigos a gente escolhe e parente a gente atura. Isso é verdade. Em relação a familiares, somos obrigados a conviver com eles e é importante que o façamos da melhor maneira possível. Como diz a Bíblia: "No que depender de vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18). Para nos relacionarmos bem, tenho descoberto que um princípio deve ser seguido: amar as pessoas como elas são sem tentar mudá-las. Só Deus é capaz de mudar alguém. Nossas exigências e nosso muito falar na maioria das vezes só causam tormento e distanciamento.

Em relação aos amigos, a máxima é diferente. Amigos a gente escolhe. Não precisamos continuar andando com gente que tira a nossa paz, que nos inveja, que não quer o nosso bem. A regra da convivência para mim é: quero abençoar e ser abençoada.

E como fazer para escolher bons amigos? Podemos começar avaliando o que eles causam em nós. Um dos melhores termômetros são as conversas. O que as pessoas dizem revela quem elas são. "A boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12.34). Boas conversas mos animam, mudam o nosso dia, revigoram.

Cuidado com o que entra pelos seus ouvidos. As palavras que você tem ouvido têm criado os sentimentos que você tem experimentado. Não deixe qualquer pessoa, qualquer assunto ter acesso aos seus ouvidos. Proteja-os. Cuidado com as músicas que ouve, com os programas de televisão. Repito: o que você ouve cria o que você sente.

Vigilância infinitamente maior deve ser dada aos nossos ouvidos internos. Muitas vezes as palavras não vêm dos outros, mas da nossa própria consciência. Às vezes, são as nossas conversas com nós próprios que nos deixam amargos. Cuidado com os assuntos que ocupam a sua mente. Hoje, enquanto dirigia, alguns assuntos de anos atrás voltavam à minha memória. Logo liguei o som e comecei a prestar atenção num CD novo que comprei. A minha consciência é como um bebê. Não adianta dizer: não faça isso, não pense naquilo! É preciso desviar a atenção para outras coisas.

Volto a lembrar agora sobre a necessidade de cuidar do ambiente. Prepare o ambiente da sua casa, do seu quarto, da sua cozinha, do seu carro, do seu trabalho para ouvir o Senhor. Dê-Lhe oportunidade de falar com você. Coloque músicas que O convidem, textos bíblicos... Não se esqueça de que Deus fez o lugar antes de fazer as pessoas porque o lugar importa muito para as pessoas.

Trate seus ouvidos como uma caixinha de joias e não como um cesto de lixo. Ninguém guarda um pão velho, um peixe estragado numa caixinha de joias. Assim são as nossas conversas. Não deixe entrar nos seus ouvidos palavras de dúvida, de descrença, de desesperança, de tristeza. Sobre tudo o que se deve guardar, guarda, pois, o teu coração porque dele procedem as saídas da vida (Pv 4.23).

Jesus é o Amigo perfeito. Que tal conversar um pouquinho com Ele hoje?

Beijos.

(Ah, se quiser conversar comigo também vou gostar. Pode mandar um recadinho por aqui ou um e-mail keilavb@gmail.com
.)

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