terça-feira, março 15, 2011

Domingo

Domingo acordei meio devagar, meio no mundo da lua. Estava com preguiça de levantar da cama, tinha dormido muito tarde no dia anterior, mas fui à igreja mesmo assim. Confesso que não estava muito a fim de nada, só de sentar e ficar quietinha. Meus pensamentos voavam para muitos lugares e para lugar algum. Qualquer pessoa em sã consciência preferiria ter ficado em casa dormindo, mas tem horas que precisamos cumprir com nossas responsabilidades e, como muitos sabem, sou líder na igreja e precisava ir.
Sei que você que lê isto aqui deve ter pensado: "Nossa, que peso"! E eu concordo com você. Graças a Deus pela responsabilidade, graças a Deus pelo peso!
Fazer o que queremos e fazer o que devemos são coisas absurdamente diferentes. Nem sempre queremos fazer o que devemos e da mesma forma nem sempre devemos fazer o que queremos. Entender isso pode mudar totalmente a nossa perspectiva. Fazer a coisa certa é mais importante do que fazer o que se quer. Num domingo de manhã, por exemplo, ir à igreja é a coisa certa. Quem lê Bíblia sabe que existem seis dias que são nossos para fazermos o que quisermos, mas há um dia em que devemos fazer o que Deus quer e não o que a gente quer.
Sei que para quem não nasceu em um lar evangélico como eu, que, graças a Deus, fui obrigada a ir à escola dominical, o que estou dizendo pode parecer muito radical. Você tem o direito de pensar isso, e eu tenho o dever de contar como tudo terminou.
Permaneci voando durante o louvor, mas fazendo a coisa certa: de pé e cantando. Aos poucos, o louvor começou a fazer parte de mim. Eu que não queria orar disse a Deus que não queria orar, mas sabia que precisava. Pedi a ele que mudasse isso, que levasse o meu pensamento até Ele, que me atraísse naquela manhã. O culto continuava o mesmo, eu continuava a mesma, mas de repente parece que meus ouvidos se abriram.
Quando a Pastora Laudjane começou a pregar a palavra, parecia que só eu estava entendendo tudo na igreja. Enquanto ela falava sobre o filho pródigo, minha vontade era de glorificar todo tempo. Deus falava alto, Deus falava claro, Deus falava, Deus falava e eu ouvia, como ouvia!
Poderia ser um domingo de dormir até mais tarde, me entupir de Faustão, de passar o dia mal humorada, mas foi um domingo maravilhoso. Depois daquela escola dominical eu não era mais a mesma Keila que havia acordado aquele dia.
Estar no lugar certo, fazendo a coisa certa faz toda a diferença. É impossível estar na presença de Deus sem ser mudada.
Até mais. Vejo você na igreja.
Grande beijo!

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