segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Indignos

Esta manhã estava lendo Mt 22 e me deparei com este texto aqui: Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos (Mt 22.8).
Jesus é o maior exemplo de caráter que podemos imaginar. Muitos falam: "Mas Ele era Deus", no entanto, lá no livro de Filipenses está escrito que Ele se esvaziou de Seus atributos de Deus quando estava aqui na terra. Ele agiu como homem, pensou como homem, orou como homem, nos deu um grande exemplo e disse que tudo o que Ele fez e obras ainda maiores nós somos capazes de fazer. Como eu já disse em outros posts por aqui, tudo o que Ele é eu posso e devo ser. Impressionam-me as atitudes de Jesus.
O texto aí de cima faz parte de uma parábola em que Jesus está falando de um rei que resolveu fazer uma festa e saiu convidando as pessoas. Normalmente todos querem comparecer a festas promovidas por gente poderosa. Penso que o rei esperava que os convidados considerassem um privilégio serem convidados para essa festa, mas não foi o que aconteceu. Um a um eles recusaram o convite.
Veja só como Jesus era uma pessoa curada, por muito menos nós perdemos a paz, o equilíbrio, mas não foi assim com esse rei que representa a Sua pessoa. Ao invés desse rei chorar, se lamentar, dizer: "Ninguém me ama, ninguém me entende, ninguém tem consideração por mim!", o que Ele disse acerca dos convidados é que eles eram INDIGNOS. É muita cura, não é?
O que você diria se estivesse em situação semelhante? Fiquei pensando em mim, no que eu diria. Recentemente me chateei pela forma como algumas pessoas que eu considerava amigas me trataram e fiquei pensando: onde foi que eu errei! Aí vem Jesus e mostra a minha infantilidade. Não fui eu que errei, foram eles que se mostraram indignos da minha amizade.
Todos nós, em algum momento da nossa vida, experimentaremos a rejeição, a traição ou a decepção. Por isso essa história mexeu tanto comigo. O rei não se sentiu rejeitado, não olhou para si mesmo com autopiedade, não acusou a si mesmo como muitas vezes fazemos. A palavra que ele usou é magistral: eram indignos.
Talvez você ache meio estranho esse post aqui, meio pessimista. Respondo a você que não é pessimista, é realista. Aprendi com o Mike Murdock que, quando Deus quer nos abençoar, Ele envia uma pessoa à nossa vida, mas, quando satanás quer nos detonar, faz o mesmo. As pessoas são sempre o grande desafio. Não nos lembramos das inúmeras vezes que passamos por problemas financeiros, não nos lembramos de todos os momentos em que ficamos doentes (a não ser em casos muitíssimo especiais), mas frequentemente nos lembramos das feridas causadas pelas pessoas.
Não acho que devemos sofrer, não. Tem gente indigna nos cercando, sim. Os fariseus eram indignos da presença de Jesus. E o que Ele fez com esse povo? Não deu a menor atenção. Ignorou mesmo. Quando pediram a Ele sinais, a resposta foi um simples “não”. Para algumas perguntas, Ele se limitou a devolver uma outra pergunta sem responder.
Se prestarmos um pouco mais de atenção, veremos que há muita gente digna nos querendo, nos admirando, merecendo a nossa atenção. Aos indignos, nada: nem a nossa atenção, nem a nossa consideração, nem mesmo os nossos pensamentos. Tchau para eles!
Para você, um grande beijo.

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